1 de mai. de 2014

Todo apoio da ANEL-RS a Chapa 1 TRANSPARÊNCIA e LUTA na UESC

UESC em mobilização contra a imposição do politécnico em outubro do ano passado.
Queremos por meio dessa nota declarar o apoio da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL) para a Chapa 1 – Transparência e Luta nas Eleições da União dos Estudantes Santa-cruzenses (UESC) que ocorrerá nos próximos dias 5 e 6 de maio de 2014.
A Chapa 1 para a UESC é a expressão dos jovens que foram às ruas nas jornadas de junho em 2013 contra o aumento da passagem e por mais investimentos dos governos na educação, na saúde e no transporte em Santa Cruz do Sul e no Brasil.
É daqueles/as que denunciaram a farsa do Politreco nas escolas estaduais na pesquisa feita pela UESC Pra Valer e nos protestos com a ANEL na capital.
É daquelas/es que reergueram a UESC nos últimos anos para transformá-la no maior ponto de apoio das lutas estudantis na região.
Por isso, chamamos as estudantes e os estudantes livres de todas as escolas a votar e apoiar a Chapa 1 pra UESC, fortalecendo o movimento estudantil de luta ao lado da ANEL.
Com Transparência e Luta, o futuro é agora!

#Chapa1praUESC

ANEL Rio Grande do Sul

29 de abr. de 2014

Repudiar a invasão da BM na UFRGS com mobilização!

Matheus Gomes, estudante de História/UFRGS
Na madrugada do último dia 19 a Brigada Militar cometeu mais uma ação covarde: pulou o muro e invadiu a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, agrediu brutalmente diversos estudantes que participavam do 98º Conselho Nacional de Entidades de Enfermagem, quebrou os celulares dos que tentavam filmar as cenas de abuso, deteve inclusive os seguranças do Campus Olímpico, enfim, afrontou a UFRGS atuando sem autorização em território federal e o conjunto do movimento estudantil, transformando a confraternização de uma atividade política numa batalha completamente desigual entre policiais e estudantes. Tudo isso justificado pela realização de uma festa que, supostamente, estava incomodando a vizinhança. Inicialmente os policiais conversaram com os responsáveis pela festa e o volume do som foi diminuído. Porém, alguns minutos depois, três viaturas da BM chegaram no local afirmando que existiriam mais 10 reclamações com relação ao barulho. Ora, logo o local que recebe as maiores festas realizadas dentro da UFRGS estaria gerando um grande incomodo num evento com menos de 100 pessoas? Não nos parece que isso seja coerente. A possibilidade mais aceitável, infelizmente, é que a ação da BM foi mais uma armação para criminalizar o movimento estudantil. Agora, temos mais quatro ativistas sendo processados por desacato, desobediência, resistência à prisão e dano ao patrimônio público, resultado de uma ação claramente forjada.
A ação violenta da BM exige uma resposta à altura do movimento, mas também abre debates importante sobre o tema da segurança dentro e fora da universidade.
Educação não é caso de polícia: uma política para o problema da segurança na UFRGS
Que a UFRGS sofre com a questão da segurança não é novidade para ninguém, pois, infelizmente, casos de estupro, roubos de carros, furtos em salas de aulas, são questões conhecidas e recorrentes na universidade. O descaso começa pelas condições de infraestrutura: a iluminação no Campus do Vale e nos arredores da Saúde e do Centro é muito precária; há exatamente 20 anos não é realizado concurso público para o cargo de segurança universitário e a maioria do contingente hoje é das empresas terceirizadas, que fazem prioritariamente a segurança patrimonial. A realidade é que a UFRGS nos últimos anos tem caminhado sob uma lógica que a separa do conjunto da população. O muro no Campus do Vale é o maior exemplo: a comunidade é impedida de entrar em contato com o mundo acadêmico sob a justificativa da violência, mas qual seria o papel da universidade no combate a essa mazela social? Se fechar numa bolha ou produzir uma aproximação entre o local de produção de conhecimento e a comunidade, com projetos de extensão, abertura das bibliotecas, laboratórios e etc? Uma política de segurança para a UFRGS passa primeiro pela resolução dos problemas históricos de infraestrutura e pelo fortalecimento do caráter público da universidade, para torná-la um espaço de referência para toda a população.
O fato ocorrido no Campus Olímpico nos deixa com mais certeza de que a resolução do problema não passa pela intervenção da Brigada Militar na universidade. Educação não combina com polícia, pois essa instituição age sob a lógica da força, não funciona pelo diálogo, o respeito, não atua visando a segurança do conjunto da população, mas apenas de um setor dela: a burguesia e os políticos corruptos. É quase desnecessário criticar a polícia hoje: cerca de 62% da população brasileira é a favor da desmilitarização da segurança pública, as UPPs estão sendo questionadas nas Favelas do Rio de Janeiro e, depois das manifestações de junho, ficou mais que evidente o papel repressor que cumpre essa corporação. Polícia não é sinônimo de segurança, mas sim de violência. Estudantes, técnicos-administrativos e professores da UFSC, USP, UNESP, UNICAMP, UERJ e outras instituições já travaram lutas contra a PM nos campi, esperamos que a reitoria da UFRGS não opte por esse caminho como já foi cogitado, mas se o fizer, estaremos na primeira fileira do combate a essa medida.
Até o momento o Reitor Carlos Alexandre Neto não se posicionou de forma clara contra o ocorrido e pior, ainda afirmou que a UFRGS sempre teve uma boa relação com a BM. Nada estranho para o Reitor que em 2010 reprimiu duramente a ocupação da Reitoria e mandou a BM cercar o Campus Central. Já o DCE, que defende a BM nos campi, até o momento está calado: nenhuma nota, parece estar satisfeito e não ter nada a declarar. O movimento estudantil já começou a responder com o ato de sexta (25) e a convocação de uma nova mobilização para o dia 30. É a hora de mobilizar os estudantes com assembleias por cursos, panfletagens, passagens em sala e exigir ações concretas da reitoria e também do governo Tarso, que é o chefe maior da BM e responsável pelas ações de criminalização do movimento social no estado.
A desmilitarização da PM é uma pauta do movimento estudantil
Em nossa opinião, para além de exigir uma política de segurança para a UFRGS que exclua a BM, é necessário que o movimento paute a questão da desmilitarização das polícias no Brasil. O grande entulho deixado pelos anos de chumbo da ditadura foi a polícia. Institucionalizada em 1969, a Polícia Militar é parte da reserva do Exército Brasileiro e peça fundamental de uma “democracia” que criminaliza os movimentos sociais, os rolêzinhos da juventude de periferia e mata as Cláudias, os DGs e Amarildos sem dar explicação. Em nosso estado o histórico da BM é ligado ao século XIX: ela surge como um instrumento da luta dos Republicanos contra os Federalistas (Maragatos e Chimangos), ou seja, já surge como um instrumento militar ligado as elites e preparado para guerras e enfrentamentos. Uma corporação com esse histórico nunca irá garantir a segurança pública. O movimento estudantil deve assumir com força essa bandeira, agitando com força a desmilitarização da polícia, o fim da tropa de choque e a necessidade da construção de uma força de segurança controlados pelos trabalhadores e o povo pobre!

23 de mar. de 2014

O FUTURO É AGORA, RUMO AO PASSE LIVRE EM RIO GRANDE!

Por Lênin Landgraf*

Estudantes secundaristas, universitários e trabalhadores foram às ruas novamente na terça-feira (18/03) contra o aumento da passagem que culminou na ocupação da Câmara de Vereadores de Rio Grande.
A manifestação foi chamada pelo Movimento Livre Unificado (MLU), movimento criado nas jornadas de junho em 2013 e que abrange diversos coletivos e entidades estudantis para organizar as lutas na cidade do Rio Grande. Os estudantes livres que constroem a ANEL nas escolas e universidades da região sul integram o MLU desde sua criação.
As principais pautas de reivindicações da ocupação foram:
- A redução imediata da passagem de R$2,75 para R$2,60.
- Estatização do transporte público.
- Conselho municipal de transporte democrático.

A OCUPAÇÃO FEZ AVANÇAR A LUTA PELO PASSE LIVRE

 
Os manifestantes deixaram a Câmara de Vereadores com uma vitória parcial, um acordo judicial foi firmado entre MLU, a Câmara de Vereadores e Prefeitura. Em uma audiência conciliatória a juíza se propôs a assinar uma ata intimando a prefeitura a apresentar imediatamente as planilhas de custos das empresas que detém o monopólio do transporte coletivo em Rio Grande. Ficou acordado também que dentro de cinco dias o MLU vai protocolar um projeto de passe livre para ser apreciado.

Os lutadores e lutadoras estão fortalecidos e preparam-se para dar um passo à frente na luta pelo transporte público, formular o projeto e lutar nas ruas para que tenhamos o PASSE LIVRE em Rio Grande. Por isso, não vamos parar até alcançar definitivamente as pautas do movimento, novos protestos e ações já estão sendo marcados.
 
DIREÇÃO MAJORITÁRIA DA UNE AO LADO DA PREFEITURA
A tropa de choque que saiu em defesa das decisões do prefeito Alexandre Lindenmeyer (PT) que decretou o aumento da passagem no dia 17/03 foi a UJS (PCdoB). Ao trocarem as ruas por cargos nos gabinetes da prefeitura, a principal força na direção da desaparecida União Nacional dos Estudantes (UNE) conquistou o rechaço dos estudantes e, mesmo que tenha tentado, não conseguiu impedir o apoio popular à ocupação.
 
O papel vergonhoso que essa organização cumpriu nas manifestações de junho se repetem, são traidores do movimento estudantil. Os estudantes que ainda tem ilusões na UJS precisam romper com essa burocracia que serve apenas para travar as lutas.

AGORA E NA COPA VAI TER LUTA!

A ANEL defende a estatização do transporte público para acabar com as máfias do transporte e luta pelo Passe Livre já, em todo o Brasil. Por isso, estamos juntos com os lutadores em Rio Grande no fortalecimento do MLU, o organizador coletivo das lutas. Estivemos na legítima ocupação e das lutas na cidade diante da omissão e do conluio da prefeitura e dos vereadores.
Chamamos o conjunto dos estudantes de Rio Grande a se somar a essa luta. Se no país da copa eles querem defender a máfia do transporte, nós dizemos que agora e na copa vai ter luta.

*Lênin Landgraf é estudante do terceiro ano do ensino médio no Instituto Estadual de Educação Juvenal Miller, militante da Juventude do PSTU, membro do MLU e da ANEL/RS.

1 de fev. de 2014

Criminalização dos movimentos sociais no último dia de Janeiro

Por Iago Rodrigues *

O último dia do mês poderia ter terminado perfeito. Tivemos um ato em que dois mil marcharam juntos dos rodoviários de Porto Alegre, que decidiram pela continuação da greve até a vitória, que também será, sem dúvida, a vitória do conjunto da população, que anseia por um transporte público de qualidade. Essa vitória colocará em cheque o prefeito de Porto Alegre e os tubarões do transporte coletivo! Por outro lado, tenho certeza de que a greve já é vitoriosa por demonstrar a ousadia e unidade dos rodoviários, que não enfrentam somente o governo e patrão, mas também o sindicato, dirigido por uma máfia.

O último dia do mês poderia ter terminado perfeito. O último capítulo da novela chocou todos os homofóbicos que se constrangeram com um beijo gay em horário nobre, o que nunca se pensaria, pouco tempo atrás. Uma vitória, pois escancarou para o Brasil o amor entre LGBTs, o que, infelizmente, só ocorre depois de milhares e milhares de homossexuais já terem sido assassinados ou agredidos nas ruas, de norte a sul do Brasil. Comemoremos o beijo gay como uma vitória do movimento, mas continuemos na luta contra a homofobia e por sua criminalização!

O último dia do ano poderia ter terminado perfeito, mas não foi bem assim. Após a vitoriosa marcha em união com os trabalhadores rodoviários, a polícia militar agiu brutalmente como ferramenta de repressão do Governador Tarso Genro, do dito Partido dos Trabalhadores (PT). Que partido de trabalhadores é esse que persegue e prende trabalhadores e estudantes que voltam para casa após protestar inocentemente? A polícia militar de Tarso organizou um esquema impiedoso e imotivado para autuar os manifestantes. Intransigentes, abordaram todos que passaram em sua frente, fossem quem fossem. Eu, inclusive, fui um.

29 de jan. de 2014

OCUPAR AS RUAS CONTRA A TRANSFOBIA!


O dia 29 de janeiro é lembrado no Brasil como o Dia da Visibilidade de Travestis, Transexuais e Transgêneros desde 2004, a partir de uma iniciativa da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA). Nessa sociedade opressora nada mais justo que @s trans possam ter um dia para reforçar sua luta na busca por direitos, respeito e pelo fim da transfobia. A transfobia é um termo utilizado especificamente para denominar a opressão sofrida por quem possui uma identidade de gênero oposta ao sexo.

Travestis, transexuais e transgêneros são pessoas que se identificam com o gênero oposto ao sexo que nasceram. Ao crescerem e viverem suas vidas, elas percebem que seus comportamentos e jeito de ser não se encaixam aos moldes de “homem” e “mulher” pré-fabricados pela sociedade.

Para além das dificuldades em ser reconhecid@ na própria família, a juventude trans descobre desde cedo como que a transfobia se manifesta já na escola, quando professores e colegas se negam a se referirem a sua identidade de gênero. O que nas palavras dos especialistas chamam de bullying e que se trata de discriminação.

Seja na escola, na universidade ou nos locais públicos outro drama cotidiano se refere à utilização dos banheiros pelas pessoas trans. Visto que nossa sociedade capitalista e opressora opera apenas com o binômio homem/mulher a polêmica se instala quando trans ousam transgredir as normas impostas da cultura.

Apesar das reivindicações dos trans homens ser semelhante às lutas das trans mulheres, a invisibilidade é muito maior, inclusive no movimento LGBT. Não é incomum ser visto como uma "lésbica masculinizada", ou seja, confundindo sua identidade de gênero com a orientação sexual.

A sociedade capitalista não deixa espaço para que travestis, transexuais e transgêneros possam viver com um mínimo de paz. Ao se identificarem com o gênero oposto ao sexo, seja em casa, na escola, na rua ou no trabalho sofrem uma opressão cruel e mesquinha. São expulsas de casa, não conseguem emprego formal, sofrem violência na rua e abandonam os estudos.

Apesar de quase não @s vermos nas escolas, nos locais de trabalho e nas universidades basta passarmos pelos pontos de prostituição nas cidades que logo veremos onde a sociedade @s coloca. A sua marginalização é extrema. Por terem, em sua maioria, baixa escolaridade e pouca chance de empregos formais, vendem seu próprio corpo para sobreviver.

No Rio Grande do Sul existe a possibilidade de utilização do nome social, mas com muitas limitações que não as preservam da discriminação. Nas instituições de ensino, o uso do nome social depende da “boa vontade dos gestores”, como no caso recente da estudante Emmanuele Colussi na Universidade de Passo Fundo. A mesma estudante, militante no Plural Sexodiverso, que havia concorrido nas eleições do DCE onde a Comissão Eleitoral ignorou o seu pedido de uso do nome social, sendo que no final da campanha foi agredida verbalmente por um estalinista dentro da UPF. O movimento LGBT e estudantil denunciou, mas a UPF não disse nada.


A luta pelo nome social a nível nacional e sem restrição e a luta pela criminalização da transfobia são bandeiras históricas do movimento. Infelizmente, a Presidenta “Dilmá” (como é chamada por muitos no movimento LGBT), não tem nenhuma intenção de comprar essa briga, pois muitos de seus aliados no governo e no congresso nacional são justamente aqueles que defendem o ódio aos LGBT's.

A cada 26 horas morre um LGBT no Brasil, segundo dados do GGB (Grupo Gay da Bahia), em 2013 foram 307 mortes violentas de LGBT's e destas 121 de trans. Mesmo com tamanha violência, o governo Dilma insiste em fazer vista grossa. Não defendeu o PLC 122 que criminaliza a opressão contra LGBT, para continuar recebendo o apoio dos conservadores de plantão no congresso. Ao mesmo tempo, vetou o Kit Escola sem Homofobia e o vídeo de prevenção à AIDS para LGBT durante o carnaval de 2012.

A ANEL tem orgulho de levantar a bandeira do combate a todas as formas de opressões, exigimos:

- A despatologização das identidades de gênero! Transexualidade não é doença!

- O direito ao nome social em todos os documentos de responsabilidade das universidades e escolas!

- Nome social no registro civil!

- Que os HU’s realizem a cirurgia de redesignação sexual, bem como acompanhamento médico e psicológico, caso seja reivindicado pel@ usuári@!

- Por políticas de atendimento à saúde de LGBT's adequado nas universidades e escolas! Não queremos ser estereotipad@s por nossa identidade de gênero ou orientação sexual!

- Pela aprovação imediata do PL 5002/13, que permite a mudança de nome e sexo/gênero no registro civil e o acesso a tratamentos hormonais e cirurgias de redesignação genital gratuitamente pelo SUS!


                    Participe das atividades marcadas nessa semana no RS:


Pelotas – CineDebate Visibilidade Trans – 29/01 – Germinal LGBT

Passo Fundo – Ato pelo Fim da Transfobia – 01/02 – Plural Coletivo Sexodiverso


NOTA OFICIAL DO BLOCO DE LUTAS PELO TRANSPORTE PÚBLICO E DO COMANDO DE GREVE DOS RODOVIÁRIOS

O Bloco de Lutas pelo Transporte Público e o Comando de Greve dos Rodoviários estão juntos na luta por um novo modelo de transporte na cidade. Desde o início de 2013, o Bloco vem construindo uma aliança com os rodoviários, e agora, na primeira grande greve de 2014, reforçamos nossa unidade.
 
– Por aumento de salário, redução da jornada e melhores condições de trabalho sem reajuste da passagem: que os 14% de aumento reivindicado pelos rodoviários saiam do lucro abusivo dos empresários. Ao contrário do que diz a grande mídia e o prefeito, que tentam incitar a população contra os rodoviários, não há conflito de interesse entre o Bloco de Luta e os trabalhadores. O lucro das empresas possibilita a concessão de aumento aos trabalhadores sem aumento da tarifa aos usuários.
 
– Por um transporte 100% público: para transformar o modelo de transporte na cidade é preciso lutar para tirá-lo da mão dos empresários. A lógica empresarial é contrária ao interesse coletivo.
 
Todos nós, usuários do transporte coletivo, somos afetados de alguma forma pela greve. Sabemos que essa situação só existe por culpa dos patrões e do governo. O apoio da população é fundamental para que essas transformações aconteçam. Inclusive, os rodoviários propuseram rodar com a roleta liberada durante a greve!
 
Enquanto bilhões de reais são gastos para a realização de megaeventos, faltam recursos para o transporte público e outros serviços básicos.
 
Greve não é crime, é direito. O ano de 2014 começou com forte repressão policial às mobilizações sociais em todo país – em São Paulo um jovem foi baleado e segue em estado grave, em Joinville dois membros do Movimento Passe Livre foram presos arbitrariamente, e aqui em Porto Alegre 7 foram detidos no último ato do Bloco. Não aceitamos nenhum tipo de repressão e criminalização às lutas sociais.
 
Por um transporte eficiente e acessível, participe desta luta!
 
Protesto não é crime!
 
Que os ricos paguem a conta!
 
Porto Alegre, 28 de janeiro de 2014.
 
Bloco de Lutas Pelo Transporte Público e Comando de Greve dos Rodoviários

24 de jan. de 2014

QUERO TRANSPORTE, SAÚDE E EDUCAÇÃO: DA COPA EU ABRO MÃO!

*Por Matheus Gomes
 
O ano de 2014 iniciou na tarde desta quinta (23.01) do ponto de vista das lutas populares em Porto Alegre. A manifestação convocada pelo Bloco de Lutas foi uma importante demonstração de força dos movimentos sociais e confirmou a tendência de grandes mobilizações nesse ano, que já se expressou em outras capitais como o Rio de Janeiro e Natal. Foram cerca de duas mil pessoas que participaram do ato, ainda longe das dezenas de milhares de junho, mas também muito distante dos 300 que iniciaram as manifestações em 2013.
A mobilização também demonstrou um crescimento do questionamento à realização da Copa do Mundo no Brasil. Está claro para a população que o legado do megaevento não passará das grandes arenas, pois as obras de mobilidade urbana e os benefícios prometidos até agora não saíram do papel. A rejeição à transferência de verba pública para a construção de estádios se expressou na palavra de ordem “quero transporte, saúde e educação, da Copa eu abro mão”. Com relação ao problema da moradia e das remoções forçadas, o ato contou com a presença importante dos moradores da Comunidade 7 de Setembro, da zona norte da capital. Por diversas vezes a marcha entoou os gritos “não vai ter Copa, vai ter luta” ou “foda-se a Copa”.O transporte público e as injustiças da Copa do Mundo foram os motores da mobilização. Diante do provável reajuste no valor das tarifas exigido pelos empresários o movimento deu uma resposta contundente e afirmou: não vai ter aumento! Além disso, o Bloco de Lutas reacendeu o debate sobre o passe livre municipal para estudantes, desempregados, indígenas e quilombolas e também questionou a nova licitação que visa manter o controle do transporte nas mãos dos empresários com a pauta do “transporte 100% público”. Novamente ouvimos palavras de ordem como “se a passagem aumentar, Porto Alegre vai parar”, “Fortunati ladrão, mais um aumento não” e “somos o povo e o passe livre os ricos vão pagar”. Mas existe outra semelhança com as lutas de 2013: a mobilização da categoria dos rodoviários. Enquanto estávamos nas ruas do Centro, motoristas e cobradores realizavam uma grande assembleia no Ginásio Tesourinha, que deliberou pelo início de greve na próxima segunda-feira, em defesa do reajuste salarial de 14% e outras pautas históricas como a redução da jornada de trabalho, aumento do ticket refeição e a manutenção do plano de saúde. A unidade entre o Bloco e os rodoviários deve se desenvolver novamente.
Mas, um dos efeitos da Copa do Mundo foi sentido ao final da marcha: o aumento da criminalização dos movimentos sociais. A Brigada Militar optou por não intervir durante o protesto, nem diante da ação de alguns grupos adeptos da tática Black Block. Mas, no momento da dispersão, dezenas de manifestantes que saíam de forma organizada foram abordados ostensivamente pela BM. Mochilas no chão, jovens na parede e muita intimidação por parte da BM. Até o momento não temos o número exato das detenções que ocorreram no ato, mas segundo o relato de manifestantes que estavam próximos ao cruzamento das ruas José do Patrocínio com Borges de Medeiros, jovens que estavam caminhando na calçada foram abordados e levados ao camburão. Essa é a tendência por parte dos governos: reprimir para derrotar os movimentos sociais. Alguns deputados e senadores começaram a defender penas de 15 a 30 anos para quem se manifestar durante a Copa. As novas legislações já começaram a vigorar e dão respaldo a ações truculentas da Brigada Militar.
O movimento terá novo encontro na terça-feira (28) na assembleia do Bloco, com local a ser definido e divulgado. Na próxima sexta-feira (31), a presidenta Dilma estará em Porto Alegre inaugurando o Estádio Beira-Rio, como foi anunciado nesta quinta. Existe a possibilidade de uma nova manifestação nessa data.

*Matheus Gomes é militante da ANEL e constrói o Bloco de Luta pelo Transporte Público de Porto Alegre.

Fonte: Sul21

21 de jan. de 2014

MANIFESTO EM APOIO À JUVENTUDE NEGRA, POBRE E DAS PERIFERIAS

APOIO À JUVENTUDE NEGRA, POBRE E DAS PERIFERIAS DA CIDADE DE SÃO PAULO!

PELO DIREITO À CIRCULAÇÃO E A EXPRESSÃO DE SUA ARTE E CULTURA.

"É dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade de oportunidades, reconhecendo a todo o cidadão brasileiro, independente da etnia ou cor da pele, o direito à participação na comunidade, especialmente nas atividades políticas, econômicas, empresariais, educacionais, culturais e esportivas, defendendo sua dignidade e seus valores religiosos e culturais" (Art. 2o. do Estatuto da Igualdade Racial)
O Racismo brasileiro já foi amplamente denunciado por movimentos e intelectuais. Em dezembro de 2013 a ONU, através de uma comissão especial em visita ao Brasil, mais uma vez declarou: “Os afro-brasileiros não serão integralmente considerados cidadãos plenos sem uma justa distribuição do poder econômico, político e cultural”, reforçando a ideia do racismo como estruturante das desigualdades em nosso país.

9 de jan. de 2014

TOD@S EM DEFESA DO JULINHO CONTRA O POLITRECO E A SEDUC!

Por Vinícius de Souza Lima*

A ANEL convida @s estudantes de todo o RS a estarem no Ato Público contra a intervenção no Colégio Júlio de Castilhos e em defesa da escola pública convocado pelo CPERS-Sindicato na próxima terça-feira (dia 14/01), às 10 horas, em frente ao Julinho. Contra o Politreco e em defesa da Gestão Democrática!
  
A reportagem “Lições da turma 11F” realizada por ZH em 23 de dezembro que acompanhou a turma 11F do Julinho por meses é um retrato da precariedade na maioria das escolas públicas estaduais do Rio Grande do Sul após o governo Tarso Gento (PT) ter imposto uma reforma curricular goela abaixo em dezembro de 2011 agravada pela falta de professores, de funcionários e de condições de trabalho. O Grêmio do Julinho e toda a comunidade escolar estão mobilizados para defender a instituição dos ataques da SEDUC.

Para os estudantes livres isso não é nenhuma novidade, desde 2012 ocorre um levante da juventude secundarista que rompeu os muros das escolas após as jornadas de junho e aderiu à greve chamada pelo CPERS. A polêmica criada pela Secretaria Estadual de Educação diante do evidente desmonte da educação no Colégio Júlio de Castilhos e em toda a rede estadual é apenas um meio desesperado de tentar ganhar a opinião pública. A União dos Estudantes de Santa Cruz do Sul já havia feito estudo em diversas escolas com depoimentos que demonstravam as consequências dessa medida. E em Passo Fundo, a 7ª CRE chegou ao absurdo de acusar o CPERS de manipular estudantes contra a reforma durante a greve para justitifcar a presença de centenas de jovens nas ruas.