16 de dez. de 2011

Conselho da UFRGS mantém regra para eleições de REItor

A manhã de hoje foi de extrema importância para o conjunto da comunidade acadêmica da UFRGS. O Conselho Universitário, comandado pelo reitor Carlos Alexandre Neto, decidiu manter a lei que vigora desde o período da Ditadura Militar e vetar a paridade nas eleições para a Reitoria . Essa decisão reflete o caráter autoritário da REItoria, que também reprimiu os estudantes que realizavam um ato pacífico desde a noite de ontem. Enquanto os estudantes ligados ao MEL - Movimento Estudantil Liberdade, assistiam a sessão tranquilamente, o DCE era barrado do lado de fora. A cada dia que passa, a reitoria da UFRGS mostra mais o seu lado: o lado daqueles que são contra o desenvolvimento da universidade pública e gratutia e defendem uma concepção elitista para a UFRGS.


O DCE da UFGRS e a ANEL seguirão organizando a luta pela paridade em unidade com todos setores do movimento estudantil e dos trabalhadores. O local que produz grande parte do conhecimento em nossa sociedade não pode continuar funcionando sob as regras de quem já foi renegado há muito tempo pela história. VAMOS SEGUIR NA LUTA... PARA COLORIR A UFRGS QUE QUEREMOS!

 
Fonte: Correio do Povo
O Conselho Universitário da Ufrgs manterá o regimento interno que estabelece as regras das eleições para reitor, que acontecem em junho de 2012. A decisão foi tomada em reunião nesta sexta. Segundo os integrantes do Conselho, qualquer mudança é inviável legalmente. O sistema prevê 70% dos votos para os professores, 15% para funcionários e 15% para estudantes.

Na manhã desta sexta-feira, alunos tentaram invadir a Reitoria para participar da reunião do Conselho Universitário, mas foram impedidos pelos seguranças. Ninguém ficou ferido no tumulto. A confusão durou aproximadamente 15 minutos.  Desde ontem, um grupo de cerca de 70 estudantes ocupou a Reitoria em antecipação ao encontro. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) reivindicava paridade entre as categorias.

O órgão estudantil argumenta que outras instituições do País já adotaram o novo modelo, como a Universidade Nacional do Brasil (UNB), em Brasília, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade Federal Fluminense (UFF).  Essa foi a segunda ocupação na Ufrgs em menos de um mês. Em 25 de novembro, uma manifestação conseguiu adiar uma reunião do conselho que definiria os critérios da eleição. 
Repressão ao movimento estudantil independente já é comum dentro da UFRGS.

8 de dez. de 2011

Vitória no CAED: é o novo pedindo passagem na UNISINOS

Nos dias 28, 29 e 30 de novembro de 2011, ocorreram as eleições para o Centro Acadêmico dos Estudantes de Direito (CAED) da UNISINOS. Três chapas concorreram: 
 
Chapa 1 - O NOVO PEDE PASSAGEM (ANEL e Independentes)
 
Chapa 2 - RENOVA CAED (PC do B/UJS)
 
Chapa 3 - FAZENDO DIREITO (PSDB/PMDB/PT)
 
Mesmo antes das eleições - nas reuniões da Chapa 1 - nós dizíamos que deveríamos ser a "chapa política". Naquele momento foi uma aposta, afinal já fazia quase três anos que o CAED estava moribundo, definhando e as lutas eram vistas de telescópio pelos estudantes da UNISINOS. Porém, isso foi mais do que uma aposta, faz parte da concepção de entidade, de movimento que queremos, pois de que serviria ganharmos as eleições, com um discurso de festas e viagens como fez a direita (chapa 3)?! Desde a primeira reunião, discutimos que o nosso objetivo principal não era ganhar o centro acadêmico, mas sim ganhar a referência daqueles que querem lutar por uma universidade diferente! Por uma sociedade diferente! Debatemos que a nossa inspiração deveria ser os estudantes chilenos, que aos milhares foram às ruas lutar por educação pública e gratuita! 
 
A nossa chapa é formada principalmente por estudantes até o 4º semestre, e por pessoas que não estavam inseridas no movimento estudantil (sic) da UNISINOS. Da atual gestão, duas meninas vieram compor conosco. Diferentemente das outras chapas, procuramos a todo momento divulgar idéias e não pessoas, decidimos ser firmes na democracia, tornando ela a mais ampla e horizontal possível, por isso nos apresentamos enquanto gestão -  e não enquanto coordenador, tesoureiro, secretário, etc - e fazer reuniões abertas, onde todos os estudantes tenham direito a voz e voto e as deliberações sejam por maioria simples.



MATERIAL UTILIZADO DURANTE A CAMPANHA ELEITORAL. VITÓRIA NO CAED ABRE ESPAÇO PARA O FORTALECIMENTO DO NOVO MOVIMENTO ESTUDANTIL NA UNISINOS.
E saímos vitoriosos! Tanto na urna quanto politicamente!
 
Com uma base de mais de 3.200 estudantes, houveram 407 votos válidos. 
 

204 para a chapa 1.
119 para a chapa 3.
83   para a chapa 2.

Para todos os pragmáticos e pessimistas que esqueceram os sonhos nos gabinetes e CC's, ou até mesmo para aqueles que acham que um CA deve ser uma boate a noite e uma agência de estágios durante o dia, passamos a dizer que O NOVO PEDE PASSAGEM! Em novembro de 2011 nasceu um novo movimento estudantil na Unisinos! Combativo e organizado! O eixo da nossa campanha foi a luta CONTRA O AUMENTO DA MENSALIDADE! E estávamos corretos: No dia seguinte às eleições, a Unisinos aumentou a mensalidade em 9%!
 
Tivemos uma reunião geral na segunda feira para preparar uma grande atividade já para esta quarta! É a última semana de aula, e acreditamos que antes mesmo de assumir, devemos estar na linha de frente desta mobilização!
 
Desde já convidamos a tod@s para a atividades desta quarta feira 18:30 no Fratello, UNISINOS.
 
Porque é necessário e urgente querer uma sociedade diferente!
   
Nos ache no facebook: Caed Unisinos - caedunisinos@hotmail.com

6 de dez. de 2011

Estudantes organizam plebiscito pelos 10% do PIB em Viamão!

Hoje, aqui em viamão, rolou mais uma corrida pela educação, o pessoal da ANEL juntamente com o Grêmio Estudantil da escola Santa Isabel, abriu a votação para os 10% do PIB.
Isso mesmo, trouxemos para viamão, a urna do plebiscito e o primeiro dia de votações foi surpreendente, na passagem de salas a galera se motivou de votar, perguntou, se interessou e se atualizou sobre o que está acontecendo com a educação não só aqui no Rio Grande do Sul mas por todo o Brasil. Acreditamos que se rolar assim por todos os lugares que a urna passar , o resultado vai ser no minimo gratificante.
Os 10% do PIB para educação é um direito nosso, agora é a hora de correr atrás, de sair na rua e de gritar pelos nossos direitos.
Os estudantes dizem SIM ao piso salarial para os professores, dizem SIM pelos 10% do PIB e dizem NÃO a reforma do ensino médio, não queremos ser mão de obra barata para o governo!"

Camila Goulart, Grêmio Santa Isabel - Viamão.


 

5 de dez. de 2011

Educadores suspendem greve, mas mantém mobilização pelo piso e contra a reestruturação do ensino médio

Publicamos abaixo a notícia veiculada no site do CPERS sobre o fim da greve dos educadores. A paralisação terminou, mas a luta está só começando. A ANEL parabeniza os bravos educadores gaúchos que mais uma vez deram uma grande demonstração de combatividade e independência. 


Logo logo publicaremos materiais da ANEL, com balanço e as perspectivas da luta contra a Reforma do Ensino Médio e em defesa dos educadores.


Os trabalhadores estaduais da educação decidiram suspender a greve iniciada no dia 18 de novembro. A suspensão do movimento foi decidida em assembleia geral realizada na tarde desta sexta-feira 2, na Praça da Matriz, em Porto Alegre. Ao final da assembleia, os grevistas colaram cartões vermelhos na parede do Palácio Piratini com recados para o governador Tarso Genro.

A categoria aprovou uma campanha permanente de denúncia do governo que descumpre a lei do piso, tenta implementar políticas que atacam a educação pública e os direitos dos educadores e não cumpre o compromisso de criar, com uma lei estadual, o piso para os funcionários de escola. Outro ponto aprovado foi o boicote da categoria às conferências do governo sobre o ensino médio. A categoria irá manter o debate e as manifestações com a comunidade escolar contra as mudanças propostas pelo governo.



Ainda no calendário de mobilização dos educadores está o debate sobre os prejuízos provocados com o pagamento da dívida pública e as isenções fiscais para os cofres do Estado. O CPERS/Sindicato realizará uma campanha em defesa da imediata realização de concurso público para professores, funcionários de escola e especialistas. A categoria também decidiu fortalecer o plebiscito nacional dos 10% do PIB para a educação pública e pela implementação do piso salarial.


O CPERS/Sindicato também ficou de elaborar uma carta direcionada à comunidade explicando novamente os motivos da greve e denunciando a intransigência e o autoritarismo do governo Tarso. O sindicato realizará, no primeiro semestre de 2012, uma conferência da comunidade escolar para debater um projeto educacional para a educação pública e participará das audiências públicas sobre o piso salarial.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato

1 de dez. de 2011

Estudantes da Zona Sul da capital fazem ''trancaço'' contra a reforma de Tarso

Estudantes realizam manifestação e convocaram uam grande reunião para a tarde de sábado, as 17h no Pq. Marinha do Brasil.
A manhã de ontem foi de mais um protesto estudantil na capital, contra a reforma do ensino médio de Tarso. Foi a vez da galera da Zona Sul mostrar sua cara, com os estudantes das escolas Costa e Silva, Ceará e Cidade Jardim. Mais de 100 estudantes trancaram por 30 minutos a 3° Perimetral (Av. Teresopólis) e fizeram um protesto muito irreverente, com músicas, danças e inclusive levando um quadro para a rua, dando uma verdadeira aula pública para o governo, que quer aprovar de forma truculenta essa reforma que vai virar nosso ensino de cabeça para baixo. 



O ato contou também com a participação de diversos professores do CPERS e apoio da vizinhança, pois durante o ano diversas mobilizações já tinham sido feitas contra a péssima situação da escola Ceará. Após o ato, foi realizada uma reunião da ANEL com estudantes do Julinho, UFRGS e dos Grêmios do Ceará e do Costa e Silva, que convocou uma grande reunião para sábado, as 17h no Pq. Marinha do Brasil para organizar os próximos passos do movimento contra a reforma do ensino médio. Além do ato em POA, a cidade de Gravataí também foi palco de uma importante manifestação, que reuniu 5 escolas e diversos professores do núcleo 22 do CPERS.

É a juventude gaúcha dizendo NÃO à reforma de Tarso!

Eleições paritárias na UFSC: um exemplo a ser seguido na UFRGS!

O dia de ontem foi inesquecível para os estudantes da UFSC e serve de exemplo de luta a ser seguido pelos estudantes do país inteiro, como os da UFRGS e da USP, que hoje lutam por democracia dentro das universidades.Graças a uma fortíssima mobilização estudantil, a chapa de oposição à atual gestão da Reitoria, composta por Roselane Neckel e Lúcia Helena, se saiu vitoriosa nas ELEIÇÕES PARITÁRIAS da universidade.

Na semana passada, os estudantes da UFRGS conseguiram uma importante vitória ao adiar a decisão do funcionamento das eleições pra Reitor, que acontecem na Universidade no ano que vem. Uma nova reunião do CONSUN está marcada para a manhã do dia 16/12, sexta-feira. O exemplo da UFSC deve seguir de folêgo para nossa mobilização e de exemplo não só para os estudantes, mas para toda comunidade acadêmica gaúcha. Se estamos na 3° melhor universidade do país, porque ainda não temos paridade? UFSC, UNB, UFRJ... até quando manteremos na UFRGS uma lei da ditadura militar? QUEM TEM MEDO DA DEMOCRACIA?


Abaixo segue o link sobre as eleições da UFSC:

Leia também a declaração oficial da UFSC: http://noticias.ufsc.br/2011/11/30/oposicao-surpreende-e-vence-eleicao-para-a-reitoria-da-ufsc/

O apoio estudantil à candidata Roselane Neckel, eleita a nova reitora da Universidade Federal de Santa Catarina nesta quarta-feira, se mostrava em peso no hall da reitoria, onde foi feita a contagem dos votos. Mesmo antes do resultado oficial, o clima era de comemoração.



No auditório, para onde o público foi encaminhado no momento do anúncio, a comissão eleitoral teve que pedir silêncio por vários minutos para poder oficializar o resultado.

O candidato adversário, Carlos Alberto Justo da Silva — o Paraná —, também soube do desfecho da votação antes da divulgação oficial e decidiu ir para casa, segundo membros do seu comitê eleitoral.
O apoio a Paraná entre professores e técnicos-administrativos, categorias nas quais ele venceu com 52% e 57% respectivamente, não foi o suficiente para superar a mobilização dos alunos. Enquanto Paraná manteve sua média próxima a 3 mil votos de discentes, como no primeiro turno, Roselane passou de 2.567 para 6.518 votos de estudantes. No total, no segundo turno houve quase 2 mil votantes da categoria a mais que no primeiro.
 
A diferença foi tão grande que mesmo com o cálculo feito para a eleição, que divide o poder de voto em um terço para cada categoria, Roselane ficou à frente. Com esse sistema, na eleição desta quarta, era preciso seis votos de alunos para ter o mesmo peso de apenas um professor.

Após o anúncio da comissão, Roselane tomou o palco e agradeceu a todos os apoiadores. Em seu discurso ela reforçou sua posição como opositora à gestão atual e seus objetivos de mudança na universidade.
Veja no gráfico abaixo a divisão dos votos por categoria: