31 de jul. de 2011

A Luta dos Professores é nossa Luta!

   Estudante de Economia/UFRGS Tiago Silveira da ANEL-RS no acampamento do SEPE.

        No próximo dia 3 ocorrerá a Assembléia dos professores do Estado do Rio de Janeiros, o SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ) está de GREVE desde 7 de junho e mantém acampamentos em frente Secretária em busca de negociações com o governo.
Já são mais de 50 dias em GREVE onde a categoria reivindica reajuste salarial de 26% - o piso da categoria é de R$ 681,00 e outros direitos.

         Nesse momento de luta e solidariedade a ANEL - RS (Assembléia Nacional de Estudantes Livre) se coloca ao lados das professoras e professores.

         Manifestamos nosso apoio a esse vitorioso movimento que enfrenta a truculência do Governo Cabral. Essa luta é legítima, urgente e necessária!

Apoio da Amanda Gurgel




Raça e Classe




Somos milhões de negros e negras espalhados por esse planeta e esse país, mas nossa negritude não é acéfala e nem a-histórica. Desde que o primeiro de nossos antepassados foi arrancado da África e pisou nesse continente, dizemos: temos negritude! Nossa negritude brotou da necessidade de resgatar a nossa humanidade, e isso só foi possível se rebelando contra o capitalismo escravocrata. Nossa humanidade e nossa negritude nasceram como negação da escravidão e do capitalismo.

Somos homens e mulheres com raça, somos homens e mulheres com classe. Sua igreja criou as bases para justificar nossa condição de coisa. Seus padres, seus Vieiras, seus Antonís disseram que não tínhamos almas. Seus intelectuais negaram nossa humanidade. Mesmo isolados, sós, por conta própria, nunca fomos sectários, construímos alianças com os mais diversos grupos sociais oprimidos. Em nossos quilombos eram bem vindos índios, brancos pobres, prostitutas. O capital nos jogou nos guetos,mas nosso lugar nunca foi esse. Estivemos nos principais movimentos de libertação desse país, fomos balaios, cabanos, malês, farrapos. Nossa consciência negra não abriga falsos heróis que a história dos ricos forjou.

Manuel Beckmam, morto por querer escravizar índios e adquirir negros, não é herói de nossas consciências. Nossa consciência negra não expõe nossas crianças ao sol quente dos desfiles do 7 de setembro para comemorar a independência de um país que manteve a escravidão existindo por mais 66 anos.
 D. Pedros e Izabel’s podem até ser até homenageados com nome de escolas de samba, mas não desfilam na passarela de nossas consciências.   Meu Quilombo tem raça, meu quilombo tem classe. Meu quilombo é o de Luiz Gama é daqueles que se propõe a defender e conceder liberdade ao escravo que ousa enrolar no pescoço do seu senhor as correntes que outrora os aprisionavam.

Nossas menções honrosas são para as milhares de mulheres negras que arrancavam de suas entranhas o filho mestiço fruto do estupro do senhorzinho branco. Maldito sejam eles! Bendito sejam elas! O teu país mestiço, racista, não é fruto de amor, pois minhas bisavós não eram objeto de prazer e nem barriga de aluguel.

 Meu Quilombo, minha negritude, é internacionalista, é de Malcolm, é de Steve Biko, de Wine, das Dandaras. Sou negro sim, irmão do povo líbio, sírio, egípcio, iraquiano, afegão.Minha negritude não suporta ditadura, não suporta opressão.

Sou negro palestino, por que a intifada é negritude, sou negro irmão da classe trabalhadora européia que ora se levanta contra seus governos e patrões. Sim, são meus irmãos, e por que não? Minha negritude é de classe. Sou a prova viva que Huanda, Uganda, Etiópia e todos os meus países africanos que hoje estão mergulhados na barbárie do capitalismo irão se levantar,  irão te destruir, não tenha dúvida imundo mundo capitalista.

Precisamos destruir o sistema que gera o racismo. Sim irmão Malcolm, assim fez os meus irmãos haitianos. Nações brancas, capitalistas, imperialistas, escravocratas, caíram aos pés de nossos irmãos e irmãs do Haiti.  Dessalines,  Tousantine, não é Lula, não é Dilma, não é Obama. Mãos imundas, retirem suas tropas do Haiti. A ONU não representa os interesses do meu povo, A ONU representa os interesses daqueles países que há dois séculos expulsamos da ilha de São Domingos. Meu Quilombo renasce com raça e com classe nos morros ocupados do Rio de Janeiro, nas cadeias superlotadas de presos políticos cor de ébano, nas greves dos canteiros de obras do PAC. Renascemos nas comunidades Quilombolas. No Charco, em Frechal, renascemos como milhares de Flavianos sedentos por justiça, por que nossa negritude é imortal pra você capitalista, pra você latifundiário.

A teu 13 de maio minha consciência opõe o 20 de novembro. Tua abolição concentrou terra, me negou educação, me jogou nas favelas, nos manicômios, nas cadeias. As portas e os muros da tua universidade eurocêntrica irei derrubar um a um, uma a uma, com minha história, minha cultura, minha ciência, minha inteligência que, aliás, não pode ser medida pelo seu padrão individualista de conhecer o mundo, de estabelecer relações sociais. A cultura daquela que tu nega eu reivindico. Sou sim África e daí?  Quero a parte que me cabe, mas não transformar meu direito a educação em uma mercadoria. Quero cotas nas universidades públicas e vou brigar por isso, odeio teu “PRO-UNE” mercadológico. Devolve o que é nosso, meu povo nunca te pediu nada, exigimos, brigamos, morremos, matamos. Minhas irmãs nunca foram dondocas, não querem só igualdade de gênero, aliás, em seu imundo Brasil colonial, estávamos lá lado a lado com nossos irmãos africanos;  nos canaviais, nas senzalas, nos quilombos, sem frescura. Só queimar sutiã não serve pra mim, quero igualdade de classe, mulher que explora não é minha irmã. Meus irmãos e irmãs não oprimem e não  exploram. No sangue de Obama e Condoleza Rice não tem DNA de quilombola e sim de capitão do mato.

Nas minhas veias corre o sangue de Magno Cruz, Zumbi, Anastácia, Firmina, Dandara,  Clóvis Moura, de Silvia Cantanheide.

Estou de volta com Raça e Classe, de volta às ruas, aos becos, as favelas, nas rimas do rap, nas pernadas da capoeira, na ginga do reggae, nas salas das escolas, das universidades, estou de volta não para te reformar capitalismo imundo, não para te humanizar racista democrático, estou de volta para te destruir enquanto estrutura e superestrutura. Meus pêsames, eu sou o germe de tua destruição, meu nome é Movimento Quilombo Raça e Classe.

*Hertz Dias


28 de jul. de 2011

REUNIÃO DA ANEL UFRGS

Como tiramos na reunião pós-congresso, teremos uma reunião da ANEL especificamente da UFRGS, pra pensarmos nas nossas atividades e na nossa organização no próximo semestre! É muito importante que a gente se organize pra tocar cada vez mais a ANEL na nossa universidade! :)



REUNIÃO DA ANEL UFRGS
Dia 1º de agosto, SEGUNDA-FEIRA
NO DCE DA UFRGS
ÀS 18H30MIN

22 de jul. de 2011

Dia 24/ago vamos à Brasília lutar contra o PNE do governo e por 10% do PIB pra educação já!


No dia 21 de julho a ANEL esteve presente em uma reunião em Brasília para organizar a Campanha Nacional por “10% do PIB pra Educação Já!” que contou com a presença de diversas entidades. Estavam lá representados o ANDES-SN, o MST, a CSP-Conlutas, o SINDSPREV, e diversas entidades estudantis como o DCE UFRJ, DCE UFRGS, o Centro Acadêmico de Geografia da USP, a Executiva Nacional de Pedagogia.
Em seu 1º Congresso, a ANEL aprofundou a discussão sobre os rumos que a educação brasileira tem tomado e aprovou que sua Campanha Nacional prioritária para o próximo semestre será contra o Plano Nacional da Educação (PL 8035/10) proposto pelo governo Dilma e em defesa dos 10% do PIB pra educação já.
As Calouradas devem fortalecer a luta contra o novo PNE: o Plano Nacional da Enrolação
Agora em agosto, em diversas universidades do país entram mais uma leva de novos alunos. As calouradas serão um importante momento para dialogar com os novos alunos e convidá-los a lutar junto conosco.
Para aqueles que sofreram com a injustiça do funil do vestibular, não é difícil perceber que a situação da educação brasileira está muito difícil. A maioria que passa pras universidades teve que estudar em colégios particulares ou fazer cursinhos pagos, porque não dá pra depender das escolas públicas, cada vez mais sucateadas e com péssimas condições de trabalho para os professores. A taxa de analfabetismo no Brasil é de quase 10% (bem mais que países como Uruguai, Chile ou Argentina), a evasão escolar chega a 13,2% e hoje apenas 14,4% dos jovens estão nas universidades, sendo destes apenas 4% nas públicas.
Em 2001, o governo propôs um Plano Nacional da Educação, com bonitas metas a serem cumpridas até 2010, que se tornaram palavras vazias quando 2/3 do que propunha não foi cumprido. O motivo? O governo propunha o investimento de 7%, e nem chegou aos 5%! E agora, com o novo PNE, de novo repete a meta dos 7%, quando o próprio ministro da educação diz ser muito difícil chegar a esse índice. No Brasil, há um atraso histórico no trato com a educação, e o governo pretende ampliar esse atraso para 20 anos com o novo PNE; a vida de uma geração inteira!
Sem dúvida, o grande desafio da juventude brasileira ao longo desse semestre vai ser lutar contra a aprovação deste Plano Nacional da Educação do governo Dilma. Ele busca sistematizar e transformar em política de estado os principais projetos educacionais aprovados pelo governo Lula, como o REUNI, o ENEM, o PROUNI, ensino à distância, ENADE, etc. Um verdadeiro PNE deveria defender a garantia de uma educação pública e de qualidade para toda a juventude, desde o ensino básico até o superior. Acabar com analfabetismo, a evasão escolar, expandir as vagas das universidades públicas para a juventude ter acesso, com garantia de assistência estudantil, boas condições de trabalho para professores e funcionários. E pra isso, só com a ampliação imediata do investimento para 10% do PIB pra educação. Essa é a necessidade da juventude brasileira, e é por isso que a ANEL vai lutar.
A Educação não pode mais esperar: PNE do governo Não! 10% do PIB Já!
Todos à Jornada de Lutas e à Marcha em Brasília!
Entre os dias 17 e 26 de agosto está sendo articulada uma grande Jornada de Lutas do movimento sindical, popular e estudantil. Diversas categorias de trabalhadores já estão organizando suas campanhas salariais, os servidores federais e professores da rede estadual e municipal seguem em greve em diversas locais, o movimento sem terra lutando pelo assentamento de famílias e contra a violência e o fechamento das escolas no campo, diversas ocupações sem-teto fortalecendo a luta por moradia: é hora de unificar todos os lutadores. Entre os dias 17 e 19, vão haver diversos protestos em cada estado. No dia 24, uma grande Marcha em Brasília seguida de uma Plenária Nacional pelos 10% do PIB pra Educação Já.
No movimento estudantil, houve importantes lutas no começo do ano, como as diversas mobilizações contra o aumento da passagem e pelo passe-livre nacional. Em seguida, a juventude de todo o mundo entrou em cena, mostrando sua força derrubando ditaduras no mundo árabe e questionando a falsa democracia e os planos de austeridade dos países europeus. Na Espanha, para o próximo domingo se prepara a maior marcha do movimento 15-M. No Chile, os estudantes ocupam universidades, escolas, praças e ruas pela gratuidade da educação pública e em defesa dos recursos naturais, como o cobre, para as áreas sociais. A ANEL esteve sempre colada a cada um desses processos, estando presente no Egito e no Chile e mostrando que a sua luta tem o apoio dos estudantes do Brasil.
Chegou a hora, portanto, de fazer entrar em cena a juventude brasileira. Queremos chamar todos aqueles que buscam construir um movimento estudantil combativo e independente, que luta pela educação pública de qualidade, contra as opressões, em defesa do meio ambiente e da cultura popular, que se encontre com os trabalhadores em Brasília, no dia 24 de agosto. Vamos organizar junto com o ANDES-SN, a CSP-Conlutas e diversas entidades e movimentos sociais uma grande ALA em defesa dos 10% do PIB, pra gritar em alto e bom som em frente ao Planalto Central que se depender da gente, vamos barrar o PNE do governo e lutar em defesa do nosso projeto educacional.

17 de jul. de 2011

Veja a galeria de fotos da ANEL no Chile

Em resposta às agressões racistas!


Por Vera Rosane de Oliveira*  

Publicamos abaixo o texto da companheira Vera Rosane de Oliveira, servidora em greve da UFRGS e militante do Quilombo Raça e Classe da CSP-Conlutas, escrito em resposta às atrocidades publicadas na Zero Hora pelo estudante de História da UFRGS José Francisco Alff. (ver mais em:http://zerohora.clicrbs.com.br/pdf/11347030.pdf)

Desde o início do ano letivo, Alff vêm defendendo teorias raciais eugênicas, que beiram o nazismo, dentro das salas de aula da UFRGS. Essa postura vem revoltando a comunidade acadêmica, em especial os estudantes, que estão organizando uma série de iniciativas que exigem a expulsão imediata de Alff da Universidade, além de processos externos, que se deram devido às ameaças feitas pelo mesmo a professores do curso e estudantes do CHIST (Centro de Estudantes de História).

Segue abaixo a Petição Pública que exige a punição imediata para José Francisco Alff.


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É extremamente revoltante, em pleno século XXI, vermos “teorias eugênicas” terem veiculação em espaços produtores de opinião pública, seja na academia (UFRGS) ou em veículos de comunicação de massas. Ao dizer isto não falo de um lugar monolítico ou em detrimento ao legítimo direito de liberdade de expressão, mas me refiro à defesa patética da concepção de “boa raça”, como sugere a eugenia ao se utilizar de termos como hibridismo e de genocídio racial, expresso por este aluno de 50 anos do curso de história da UFRGS que esta causando, com propriedade, repúdio e revolta de seus colegas. Antes de tudo, enfatizo e faço questão de salientar a idade do aluno, para que não venhamos a recair no equívoco de pensar que se trata de um jovem adolescente desinformado. As expressões por ele utilizadas tem um peso histórico para toda e qualquer sociedade.

A expressão Hibridismo nos remete a ideologias racistas como as utilizadas no início do século porcientistas sociais da época; por exemplo, o médico e sociólogo Nina Rodrigues (1862-1906), que ficou famoso especialmente  devido às suas teses que defendiam a radical divisão da sociedade entre raças superiores e inferiores, e a idéia de que a miscigenação racial era um dos fatores que não permitiria que o país se desenvolvesse, apresentando “argumentos” como os seguintes[1]:

"A raça negra no Brasil, por maiores que tenham sido os seus incontestes serviços à nossa civilização, por mais justificadas que sejam as simpatias de que a cercou o revoltante abuso da escravidão (...) há de constituir sempre um dos fatores da nossa inferioridade como povo”.
"A constituição orgânica do negro, modelado pelo habitat físico e moral em que se desenvolveu, não comporta uma adaptação à civilização das raças superiores, produtos de meios físicos e culturais diferentes”.

Ou mesmo  o historiador Silvio Romero (1851-1914), o qual, inclusive, escreveu o prefácio de Africanos no Brasil, afirmando que "o negro não é só uma máquina econômica; ele é antes de tudo, e malgrado sua ignorância, um objeto de sciencia".

Assim percebemos que chamar negros e mulatos de híbridos  é antes de mais nada um desrespeito, pois não se trata apenas de fazer alusão a um termo científico entre dois organismos vivos. Ao lermos no dicionário de Relações Étnicas e Raciais o termo híbrido vemos que ele desenvolveu-se a partir de origens biológicas e botânicas, contudo,  tornou-se um termo-chave na crítica cultural contemporânea. Se formos à etimologia da palavra, no latim hybrida significa originalmente o cruzamento de uma porca mansa com um javali selvagem... É a isto que este aluno respeitosamente denomina os “pardos, mulatos”? Isto é científico ou racista?

Outro elemento que me deixa perplexa é a comparação que senhor Alff faz da relação inter-racial ou a miscigenação com o genocídio.  Dei-me o trabalho de mais uma vez voltar ao dicionário de Relações Étnico Raciais e buscar saber a origem e significado do termo genocídio, pois cheguei a pensar que este aluno talvez desejasse falar dos 150 jovens negros que morrem assassinados a cada dia em nosso pais, como diz o documentário Falcão: Meninos do tráfico. No entanto, ao ver que a etimologia do termo combina do Grego a palavra genos (grupo, tribo) com latim cide (matar) e que, em 1944, o jurista Raphael Lemkin buscou consubstanciar as práticas e políticas de extermínios das nações e grupos étnicos, utilizados pelo Terceiro Reich, como genocídio [...] e ainda que, o genocídio é considerado crime perante as leis internacionais, condenadas pelo mundo civilizado e cujos autores e cúmplices são passiveis de punição; realmente, não consigo aceitar que um ser racional consiga dizer que  “o inter-racialismo é uma forma de genocídio, ainda que involuntariamente”, a menos que se esteja perante alguém que realmente acredite que existam raças/pessoas superiores ou inferiores.

Não se trata aqui de uma defesa desenfreada pelas cotas em um momento ímpar vivido pela sociedade brasileira pós-declarações racistas e homofóbicas do “Senhor Deputado” Bossonaro ou mesmo posterior  aprovação do malfadado Estatuto da Igualdade Racial, que retira do corpo do texto aprovado a obrigatoriedade das cotas e de todo e qualquer termo que faça o país lembrar sua herança escravocrata e racista. Como se ao não estar escrito ninguém saberá ou lembrará que a Sociedade Brasileira se constituiu através da herança escravocrata e que o racismo é uma prática e realidade no Brasil e no Mundo.

Antes de tudo, trata-se de dizer em alto e bom tom que a luta e resistência dos negros e negras em nosso país não se refreará diante dos racistas de plantão, sejam eles governantes, deputados, alunos, teóricos ou cientificistas, pois como diz o poema de Bertolt Brecht – "De quem depende que a opressão prossiga? De nós, De quem depende que ela acabe? Também de nós."




*Vera Rosane de Oliveira é militante do Quilombo Raça e Classe da CSP-Conlutas; Doutoranda em Educação(FACED-UFRGS) e Servidora em greve da UFRGS

15 de jul. de 2011

PAGODE DA ANEL ♫

Pra quem não conhece, esse pagode foi composto durante a viagem ao 1º Congresso, pela colega Renatinha dos Santos, da Educação Física da UFRGS! A música é em cima de "Tá vendo aquela lua"  do  Exaltasamba (quem não sabe o ritmo, houve a música original aqui!)


Em breve ela será gravada.. aguardem!


Pagode da ANEL
E na UNE venho te observando
Tá sempre se esforçando,
Nada vem conquistando
E a ANEL aqui tá cheia de proposta
Mas eu te dei um papo
E você nem deu resposta

Tudo bem um dia a UNE foi alguém,
Mas agora já não luta por ninguém...
E se ela te merecesse eu não estaria aqui
(não, não,não)

Ou talvez você não queira se envolver,
a CONLUTE causou trauma em você.
Se nos der uma chance não vai se arrepender

Cai fora dessa UNE e vem lutar na ANEL!
Chega de se iludir a UNE não vai mais mudar
Oposição de Esquerda se tu não percebeu
Deixa que a ANEL te mostra


Vai mostrar o tempo que perdeu

Que coisa louca, eu já sabia
Enquanto ANEL lutava a UNE se escondia
Então pode chegar
Que a gente vai mudar
A sua vida da noite pro dia ...

14 de jul. de 2011

Encaminhamentos do pós-congresso

Hoje, no pós-congresso da ANEL, realizado no DCE da UFRGS, nós da ANEL-RS nos reunimos para fazer um balanço do 1º Congresso, e também para pensar em como implementaremos as resoluções tiradas lá aqui no nosso Estado. 
Com a presença de muitos estudantes, conseguimos avaliar nosso Congresso e fazer um planejamento desse semestre. Abaixo, estão os encaminhamentos da reunião. 
Bora fazer a ANEL crescer cada vez mais no Rio Grande!

Encaminhamentos

  • Realizar recepções aos estudantes no segundo semestre, refletindo as resoluções do Congresso e convidando os colegas a construir a ANEL;
  • Levar o debate sobre combate às opressões às escolas e universidades;
  • Fortalecer a união das lutas entre estudantes secundaristas e universitários;
  • Tocar a luta contra o PNE e o plebiscito nacional por 10% do PIB para a educação;
  • Construir a unidade dentro de Das, CAs DCEs e grêmios, para construir a ANEL dentro dessas entidades e levá-las para a base;
  • Apoiar a campanha contra as expressões nazistas na UFRGS;
  • Levar para cada DA, DCE e grêmio estudantil o rompimento com a UNE;
  • Preparar a discussão nas entidades sobre a construção e a colaboração financeira à entidade;
  • Construir o debate de rompimento com a UNE para o Congresso de Estudantes da UFRGS;
  • Que nos congressos a ANEL não utilize mão-de-obra terceirizada, e que seja incentivada a auto-organização;
  • Implementar nos espaços estudantis a cartilha contra homofobia da ANEL;
  • Construir uma plenária de pagas;
  • Elaborar um jornal sobre o Congresso, com perspectivas para as próximas lutas e atividades. Responsáveis: Nate, Renatinha, Maíra, Fernanda, Sara, Guilherme e Tiago;
  • Confeccionar faixas de boas-vindas para a volta às aulas para as escolas e para os campi das universidades (Responsáveis de organizar o operativo: Carine, Greice e Sonhão)
  • Realizar um galeto de volta às aulas no dia 13 de agosto, como campanha financeira da ANEL-RS;
  • Preparar, assim que for marcada, a ida da delegação do RS para a Assembleia Nacional, que tem indicativo de ser realizada em agosto;
  • Preparar a Assembleia Estadual para o mais breve possível (dependendo da data da Nacional)

13 de jul. de 2011

ANEL no CHILE 1° Relato




1º Relato da ANEL no Chile
Santiago, 12 de julho de 2011
por Clara Saraiva, da CEN


Mais uma vez, a ANEL tem a oportunidade de demonstrar sua solidariedade ativamente à luta da juventude; dessa vez a chilena. Todas as universidades e colégios aqui estão “en toma”, ou seja: ocupados pelos estudantes. A juventude está protagonizando gigantescas mobilizações, que já chegaram a reunir meio milhão nas ruas, em diferentes partes do país. O frio, terrível, não é suficiente para deixá-los em casa. Muito menos a propaganda midiática, o gás lacrimogênio ou os jatos d`água tóxica da polícia.

“La educación chilena no se viende: se defiende!”
Desde que estou aqui, em todos os lugares a luta estudantil se faz presente. Há cartazes colados por toda a cidade de Santiago, qualquer universidade ou colégio que passo tem enormes faixas deixando claro a ocupação, a televisão e o jornal sempre cobrindo com matérias e, quase todos os dias, algum protesto nas ruas. Um estudante me explicava que no Chile, todo ano tem lutas em defesa da educação, que acontecem em maio e junho. Agora, além de estar se desenvolvendo já em julho, no meio das férias, e sem data pra terminar, estão acontecendo as maiores mobilizações estudantis dos últimos 30 anos.
A defesa é de uma educação gratuita, 100% estatal e de qualidade, combatendo a lógica de educação-mercadoria. Aqui no Chile, o nível de privatização das universidades é enorme. É o 3º setor mais lucrativo do país. O governo Piñera, em suas declarações, defende abertamente a entrega da educação nas mãos das empresas e é odiado pelos estudantes em luta. E o ministro da educação então, Joaquin Lavín, é ridicularizado com bonecos e palavras de ordem, como uma que diz assim: “Quien no salta es Lavín!” – e todos pulam juntos.
Ontem fiz uma entrevista com representantes de ACES – Assemblea Coordinadora de Estudiantes Secundários e de CONFECH – Confederacion Nacional de Estudiantes de Chile. Fomos convidados, então, para participar de uma matéria na Rádio Comunitária 1º de Maio. É uma rádio de esquerda, que além dos programas musicais, sempre faz entrevistas e matérias de apoio às mobilizações.
Na entrevista e na rádio, os estudantes chilenos afirmaram muito a necessidade de seguir lutando sem aceitar as propostas do governo Piñera, que não atende suas reivindicações. Defendem uma reforma estrutural da educação no Chile, garantindo sua completa gratuidade. Hoje em dia, não há nenhuma universidade pública que não cobre taxa. Falava com uma estudante de direito da Universidad de Chile, a universidade pública mais importante, que me dizia que tem que pagar para se matricular 3 milhões de pesos chilenos por ano (quase 10 mil reais)!
Outro problema grave que vivem tem a ver com as conseqüências do poderoso terremoto que assolou o país no dia 27 de fevereiro de 2010. Muitos colégios e universidades tiveram problemas estruturais, e foram evacuados de sua atividade acadêmica. O problema é que até hoje, estão do mesmo jeito! Ou os estudantes estão em condições perigosas e precárias na estrutura do prédio, ou foram transferidos para outros locais sem quaisquer condições de lhes abrigar. Exigem reformas estruturais e reconstrução dos prédios já!
As federações estão reivindicando a realização de uma Assembléia Constituinte e um Plebiscito Oficial sobre a educação gratuita, além da queda imediata do ministro da educação. Ressaltam, para isso, a importância da aliança entre estudantes e trabalhadores, e a luta tem tomado cada vez mais um caráter amplo, em defesa dos direitos e da qualidade dos serviços públicos. Sem dúvida a principal articulação foi da aliança dos estudantes com os mineiros, que estão em luta pela renacionalização do cobre. O Chile produz mais de 30% do Cobre para todo o mundo, é o maior produtor mundial e é um setor chave na economia chilena. Ontem, segunda-feira, os mineiros da Codelco, uma estatal chilena, fizeram uma greve geral de 24 horas, onde todos os setores pararam de acordo com a Federação de Trabalhadores do Cobre, que reúne mais de 15 mil mineiros. Essa é a primeira greve dos últimos 18 anos. Os prejuízos estão em torno de 40 milhões de dólares! Os trabalhadores estão lutando contra o projeto de “modernização” que o governo Piñera está implementando, que na prática avança para a privatização da estatal. Este é, sem dúvida, um claro exemplo de como o movimento estudantil pode trazer os trabalhadores para a luta, e ampliar suas forças através da aliança operário-estudantil. As entidades estudantis agregaram à sua pauta de reivindicações a exigência da re-nacionalização e estatização do cobre, e contra a privatização da estatal Codelco. Exigem que a riqueza nacional do país seja revertida para as áreas sociais, como educação e saúde.
No Chile, um novo movimento estudantil pede passagem
Todos que eu conversei me dizem que além de mais pessoas e mais tempo lutando, as mobilizações de 2011 tem trazidos novas formas de lutar. Com uma empolgação contagiante, usam da criatividade para inovar nas lutas. Estive hoje presente no “Carnaval em Plaza de Armas”. É uma atividade que reuniu cerca de 1000 estudantes, com o rosto pintado, fantasiados, com instrumentos e cartazes coloridos. Muita irreverência para defender a educação gratuita.
Semana passada, dezenas de milhares fizeram o “besáton”, dizendo que a educação precisa de entrega e compromisso, que precisa de paixão! Passaram meia hora entre casais, hetero e homossexuais, se beijando. Um protesto organizado pelas redes sociais, que trouxe um novo gás para a luta. As manifestações culturais e lúdicas sempre estão presentes, deixando cada mobilização com a criatividade típica da juventude. Ontem, me deparei no meio da rua com um estudante vestido de roupa de ginástica, dando voltas e mais voltas correndo em torno de uma praça, onde fica o “Palácio de La Moneda, onde é a sede do governo federal. Está também defendendo a educação! Colocou-se o desafio de correr em volta da praça por 1800 horas, e a cada vez que cumpre uma volta, seus colegas dão gritos de incentivo. Há outro estudante que está em greve de fome. Parece que por aqui, para defender a educação, tudo é possível.
Também estão recebendo muito apoio dos seus pais e mães. Hoje estive num colégio ocupado, e haviam duas mães ajudando no preparo das refeições – com a ajuda dos estudantes! – e me disseram que os pais devem se engajar também, que a luta pela educação deve ser de todos. Estavam muito orgulhosas de seus filhos.

A ANEL construindo a solidariedade latino-americana!
Já podemos dizer que hoje, as principais federações que estão dirigindo a luta estudantil, sabem que existe uma entidade no Brasil que podem contar para apoiar sua luta. Já participei levando a solidariedade da ANEL à reuniões da FECH – Federacion de Universidad de Chile (a maior e mais tradicional), da FEP – Federacion de Estudiantes de Pedagógico (uma universidade de licenciatura) , da ANES – Assemblea Nacional de Estudiantes Secundários e ACES – Assemblea Coordinadora de Estudiantes Secundarios (entidade secundarista de Santiago). Todas feitas nas universidades e escolas tomadas pelos estudantes. Lembrei dos momentos de luta contra o REUNI, em 2007 e 2008, quando ocupamos as reitorias das principais universidades do Brasil.
Em todas, fiz uma saudação da ANEL, explicando a situação da educação pública no Brasil, que é muito parecida com a deles, e lhes contando de nossa campanha prioritária contra o novo Plano Nacional de Educação do governo Dilma, assim como a exigência do investimento de 10% do PIB em educação. Aqui, o governo Piñera investe cerca de 3% do PIB apenas, e os movimentos têm exigido pelo menos 7%, além de que a verba pública seja fiscalizada e garantida para apenas escolas e universidades públicas.
Contei-lhes do processo de reorganização que vive o Brasil e a importância de termos uma entidade hoje para defender os interesses dos estudantes, de forma democrática e independente. Em todas as reuniões, fui recebida muito bem e todos ficaram muito contentes de ver que podem contar com o apoio dos estudantes brasileiros. O sentimento de sermos “hermanos latino-americanos” esteve muito presente. Já que o imperialismo através do Banco Mundial e do FMI ataca de conjunto nosso direito à educação, com projetos de privatização e reestruturação, nossa resposta deve ser também em conjunto, articulados e lutando juntos.
A todos que conversei, disse da experiência da ANEL no Egito, e da importância que as lutas da juventude do mundo árabe e da Europa. Eles também acompanham e se identificam muito com essas lutas. Sabem que tem um caráter de questionamento de regimes, como a derrubada das ditaduras e o questionamento da falta democracia do sistema capitalista. Querem que a sua luta pela educação se desenvolva e que questione cada vez mais o sistema. Sabem que pra isso precisam da aliança com os trabalhadores. Sabem que pra isso, precisam da solidariedade latino-americana. E agora sabem também, que para seguir e fortalecer com sua luta, podem contar com a “Assemblea Nacional de Estudiantes Libre”, de Brasil.

12 de jul. de 2011

ANEL NO CHILE

A ANEL enviou Clara Saraiva, da Comissão Executiva Nacional da entidade, ao Chile para acompanhar e se solidarizar com as fortes manifestações estudantis que ocorrem naquele país.



Clara participou, na última segunda-feira, de um programa na rádio 1º de Maio. Em pauta, os protestos estudantis, em um debate que também contou com a presença de representantes da CONFECH e da ACES, federações de estudantes universitários e secundaristas do Chile, respectivamente.

A luta dos estudantes chilenos já vem há semanas mobilizando milhares em todo o país e colocando o governo Piñera contra a parede. As principais exigências giram em torno ao aumento de verbas para a educação pública, estatização de escolas e universidades e reformas no sistema educacional de conjunto. Em breve, o Portal ANELONLINE.ORG publicará os relatos da representante da ANEL nessa incrível jornada de luta!

Segue o link com as primeiras fotos da ANEL no CHILE:

https://picasaweb.google.com/anelonline/ANELNoChile

11 de jul. de 2011

PÓS-CONGRESSO DA ANEL!

E aí galera! Chegou a  hora de debater o que foi decido no Congresso e pensar como vamos colocar a ANEL nas lutas aqui do Rio Grande do Sul!

8 de jul. de 2011

Moção de apoio à Campanha Educação Física é uma só!

Considerando que a campanha: Educação Física é uma só, Formação Unificada Já! tocada pela Executiva Nacional de Estudantes de Educação Física (ExNEEF),  é uma importante tática para lutar contra os ditames do capital. Nós, da ANEL, que lutamos diariamente por uma educação voltada para os interesses da classe trabalhadora, por uma educação que vislumbre a emancipação do ser humano das amarras do capitalismo, que seja desalienadora  e não mais alienante, declaramos nosso total apoio à esta campanha em defesa da licenciatura ampliada para a Educação Física e pela revogação das atuais diretrizes curriculares.

Plenária Final do 1º Congresso da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre


Dois Congressos: O que as finanças nos ensinam?


  Dois Congressos: O que as finanças nos ensinam?
Por Catharina Lincoln, da CEN

       Desde sua fundação a ANEL relançou o desafio ao movimento estudantil de resgatar a importante concepção da independência financeira, abandonada desde então pela velha entidade dos estudantes, a UNE. Sem dúvida, a perda da independência política da velha entidade foi conseqüência do financiamento direto pelo Governo Federal. Entre 2004 e 2009 a UNE recebeu mais de R$ 10 milhões do governo e de empresas estatais, como a Petrobras, a Eletrobrás, a Caixa Econômica e o BNDS. Em 2005, para financiar seu Congresso, a UNE recebeu R$ 50 mil do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No último Congresso, em 2009, a UNE também contou mais uma vez com o patrocínio das empresas estatais.

         É por esse triste cenário que a voz que fala mais alto nos Congressos da UNE não é a do estudante, é a do Governo. Durante os 8 anos sob o governo Lula, os Congressos da UNE nada mais fizeram que aplaudir de pé todos os projetos educacionais do Governo. Até diante de escândalos de corrupção, como foram os atos secretos de Sarney em 2009, o Congresso da entidade que já derrubou um presidente, se calou. Infelizmente, com o governo Dilma, não será diferente. Na mesma coluna de divulgação oficial de seu Congresso, o próprio site da entidade conta com links diretos para os portais da Caixa Econômica Federal e Petrobras. É por isso que o Congresso da UNE vai apoiar o projeto de partilha do pré-sal apresentado pelo governo, vai defender o novo PNE de Dilma e assim, mais uma vez vai afirmar na voz de um novo presidente que não existe problema em receber patrocínio das empresas estatais.

1° Congresso da ANEL: A voz é do estudante livre!

         Durante todo o primeiro semestre de 2011, estudantes do Brasil inteiro agitaram as universidades e escolas com a construção do 1° Congresso da ANEL. Mas não foi só a movimentação política que marcou a grande vitória desse processo. Foram centenas de estudantes se movimentando com campanhas financeiras para garantir a ida das delegações ao Rio de Janeiro. Desde a rifa nacional da ANEL, que já tem seu ganhador, até venda de docinhos, pedágios, livro-ouro, … cada centavo que entrava para financiar as taxas foi fruto de muito esforço. Esse grande esforço garantiu um Congresso auto-sustentado pelas taxas pagas pelos estudantes de todo o Brasil.

            Com a ampla participação dos estudantes nas discussões, os 4 dias do Congresso da ANEL foram marcados pelos atuais debates da juventude brasileira. O saldo foi ter um Congresso que vai armar a luta intransigente em defesa da Educação, denunciando o novo PNE de Dilma e exigindo a imediata aplicação dos 10% do PIB. Esse saldo, sem dúvidas, só foi possível porque os estudantes livres foram os construtores e financiadores desse Congresso.
              
              Toda forma de financiamento do Congresso da ANEL, somado ao esforço de centenas de estudantes serviu de exemplo para afirmar a importância de resgatar essa concepção. O debate sobre a independência financeira foi coroado com a aprovação, na Plenária final do Congresso, de uma resolução de finanças que apresenta a forma como será financiada a ANEL: através da contribuição das Comissões Executivas Estaduais da ANEL, das entidades gerais e de base (DCE’s, CA’s) e também da contribuição individual dos estudantes. Com a entidade consolidada, com independência política e financeira, os estudantes saem do Congresso da ANEL com a certeza que é possível construir um movimento estudantil livre, independente e de luta! Nada é para sempre… o novo pede passagem!


7 de jul. de 2011

Resoluções Parte VII - Moções Aprovadas

Moções aprovadas
Notas a serem produzidas pelas entidades proponentes ou pela Comissão Executiva Nacional da ANEL.
- NOTA: Moção de repúdio à reitoria e ao movimento mudança da UNE da Universidade Federal de São João del Rey.
- NOTA: Moção de repúdio às agressões machistas e homofóbicas que ocorreram durante o congresso da ANEL.
- NOTA: Moção de apoio à greve dos professores de todo o Brasil.
- NOTA: Moção de apoio à luta das universidades estaduais do Ceará (UECE, UEVA e URCA) por concurso público para professor efetivo.
- NOTA: Moção de apoio às greves do funcionalismo público federal.
- NOTA: Moção de apoio à luta dos estudantes e trabalhadores da universidade federal rural do rio de janeiro contra a instalação de um lixão em Seropédica.
- NOTA: Todo apoio aos estudantes da PUC-RS na luta pelo “Fora Máfia do DCE!”
- NOTA: Moção de apoio campanha SOS UESPI
- NOTA: Moção de repúdio a Chapa 1 nas eleições do DCE da Universidade Braz Cubas em Mogi das Cruzes, pelo golpe contra a chapa 2 “Nada Será Como Antes” que, apesar de eleita pela maioria dos votos dos estudantes, foi impugnada de forma autoritária e burocrática.
- NOTA: Moção de apoio à mobilização para regras mais rígidas para o uso de energia nuclear no Japão, tendo em vista os recentes acidentes no país.
- NOTA: Moção de repúdio a Polícia Militar Cearense.
- NOTA: Moção de Repúdio ao Programa Casa Bonita, Multishow.
- NOTA: Moção de Apoio a Campanha Educação Física é uma só, por uma formação Unificada

Resoluções Parte VI - Painéis temáticos

PAINÉIS TEMÁTICOS: Violência e legalização das drogas, Transporte, Meio Ambiente, Questão Agrária, Saúde, Cultura e Mídia Independente, Pessoas com Deficiência, Esportes e Jurídico

Apresentação do conteúdo das discussões realizadas nos painéis. Na próxima Assembleia Nacional da ANEL, as iniciativas propostas serão discutidas, submetidas à aprovação e encaminhadas em caso positivo. Isto não impede que as Comissões Executivas Estaduais e as Assembleia Estaduais não possam implementar iniciativas condizentes com o programa da ANEL votado nos temas anteriores.

Violência e Legalização das drogas

-Defender a legalização, descriminalização, regulamentação e estatização das drogas lícitas e ilícitas.
- Incorporar-se aos atos públicos em favor da legalização das drogas.

Transporte

1) 1ª Contribuição do Caderno de Resoluções.
O Congresso da ANEL resolve:
-Diante do aumento do susto de vida, do qual as altas tarifas de transporte coletivo são parte, responder com as reivindicações da maioria: salário mínimo vital, com escala móvel de reajuste.
-Estatização sem indenização de todo o sistema privado de transporte coletivo, sob controle operário.
-Passe livre para estudantes e desempregados.
-Mudar o modo do sistema de transporte para a matriz ferroviária.
-Campanha nacional pelo passe livre nacional para desempregados e estudantes.
-Manifestação nacional pelo passe livre 26 de outubro.
-Moção de apoio aos trabalhadores rodoviários de Fortaleza.
-Passe livre nacional para todos.
-Inserir na pauta das reivindicações do transporte barrar as empresas e prefeituras tirar ou mudar arbitrariamente linhas de ônibus.
-Campanha para iluminar os pontos de bairro, por coberturas, cadeiras e identificação das linhas que passam por lá.

Meio Ambiente

1) Contribuição do CoISA (Coletivo Interdisciplinar Socioambiental da UFMG) – Caderno de Resoluções
O Congresso da ANEL resolve:
- Ampliar a legislação ambiental para as áreas urbanas
- Cobrar do Ibama proteção aos animais ameaçados de extinção que estãona área de influencia do Lixão de Seropédica.
- Promover um ato contra as feiras livres de animais silvestres e contra o tráfico de amimais silvestres
- Contra a instalação de zoológicos e sim a instalação de santuários ecológicos
- Mais investimento público em pesquisa e aplicação para fontes alternativas de energia como solar e eólica estimulando este tipo de energia.
- Não utilizar descartáveis no próximo congresso.
- Não ao funcionamento das usinas nucleares de Angra – RJ
- Que a ANEL denuncie e repudie qualquer forma de violência e perseguição política no campo e nos centros urbanos, tornando públicas as notas em todas as mídias possíveis.
- Contra a fragmentação do IBAMA.
- Levantar bandeira da agroecologia
- Contra o financiamento do BNDES às grandes obras do PAC, que devastam o Meio Ambiente
- Campanha nacional permanente contra o agrotóxicos e pela segurança alimentar
- Lutar pela implementação de disciplinas de educação ambiental nas escolas
- Não a extração dos recursos naturais da baixada fluminanse.
- Contra os lixões que estão sendo feitos e que já existem no RJ. Contra o lixão de Seropédica. Fortalecer campanha junto ao DCE da UFRRJ
- 17 de julho dia mundial de proteção às Florestas

Questão Agrária

- Que a ANEL se posicione contra a violência no campo, tanto de assassinatos, quanto pelo fim da precarização do trabalho no campo, repudiando os assassinatos recentes ligados ao novo código florestal.
- A educação no campo, assim como na cidade também deve ser contra o machismo e homofobia e pela diversidade.
- Pela autodeterminação dos povos indígenas.
- Combater a precarização do trabalho denunciando o trabalho semi-escravo no campo, assim como na cidade.
- Contribuir para construção de uma aliança estudantil Operário-camponesa sob uma perspectiva classista e anti imperialista.
- Que a ANEL defenda a produção de soja, em larga escala na propriedade familiar.
- Denunciar a bancada ruralista o Projeto de Novo código florestal e o Aldo Rebelo.
- Pela independência dos movimentos sociais.
- Anel organizar estágios de vivência no campo, para aproximar os estudantes com o campo e a realidade vivida no mesmo.
- Educação e saúde de qualidade no campo!
- Contra o trabalho escravo!
- ANEL participando das lutas contra o latifúndio, a grilagem, as ameaças de morte que são conseqüências do agronegócio e outras questões favorecendo a destruição das florestas e da cultura amazônica, paraense e como um todo a cultura nortista.
- Tribunal popular para julgar os casos de assassinatos no campo.
- Aliança operária camponesa, para a conquista da reforma agrária.
- Contra divisão do estado do Pará, no plebiscito denunciar e se posicionar em relação as mortes no campo.
- Política da Anel voltada para uma atuação no campo e com os estudantes de ciências agrárias.
- Contra os monocultivos, a favor da agricultura familiar.
- Repúdio a nova lei sobre o novo código florestal.
-Educação de qualidade no campo, respeitando as particularidades e demandas.
-Campanha contra o uso dos agrotóxicos e pela defesa da agroecologia.
-Contra as transnacionais nas universidades.
-Combate a criminalização dos movimentos sociais.
-Que a ANEL se manifeste de forma solidária e contra uma possível prisão-condenação dos companheiros do MTL.
- Que a ANEL fortaleça a luta camponesa formalizando a aliança operária estudantil e camponesa e também tocar uma luta por uma educação do campo para fortalecer a manutenção do camponês no campo.
- Que ANEL participe das mobilizações contra a licença da construção de Belo-Monte que irá proporcionar muitas conseqüências negativas, como inchaço das cidades próximas da usina, destruição do meio ambiente e de reservas indígenas e possivelmente a morte dos moradores que estão resistindo.
- Que ANEL participe das mobilizações contra a extração acelerada dos minérios explorados pela Vale do Rio Doce, que só tem um objetivo favorecer o capital, principalmente o capital japonês e unir forças contra a divisão do estado do Pará.
- Criar espaços de formação e apresentação do novo paradigma sistêmico como agro-ecologia, contra resposta ao agro negócio. Para aumentar os movimentos sociais e ambientais em regiões que precisam de reforma agrária, baseando-se em princípios ecológicos, sociais e econômicos, gerando assim o desenvolvimento sustentável.
- Que a ANEL se posicione contra a falsa ilusão de desenvolvimento sustentável, que é colocada pelo capital com o intuito apenas de preservar matéria prima para as grandes empresas.

Saúde

- Que a Anel se posicione a favor da estatização da indústria farmacêutica e contra as patentes dos medicamentos;
- Inserir o debate sobre a saúde GLBTT nos GD’s tanto de saúde.
- Que a ANEL construa espaços de debates que possam aprofundar o acúmulo sobre a discussão da luta anti-manicomial sob uma ótica não reformista.
- Campanha nacional contra o ato médico através de debates confecção de materiais (cartilhas, jornais, panfletos).
- Tomar para si a causa do acesso aos serviços de saúde e a manutenção destes em favor de parcelas da sociedade que são negligenciadas em seus direitos e necessidades tais como os portadores de sofrimentos psíquicos e moradores de rua.
- Implementação da EM-29 já!
- Por uma formação completamente voltada para a saúde pública com implementação dos determinantes sociais nos currículos!
- Pela aliança da classe trabalhadora contra qualquer forma de privatização.
- Que a ANEL participe dos fóruns estaduais em defesa do SUS, nos estados onde tais fóruns já existem.
- A ANEL deve encabeçar uma campanha nacional pela colação desses instrumentos nos estados onde ainda não existem fóruns estabelecidos.
- Contra aulas em hospitais psiquiátricos! Fortalecer e formar estudantes nos serviços substitutivos.
- Que os estudantes pautem em seus colegiados de curso a necessidade de que a estrutura curricular contemple disciplinas em saúde pública.
- Participação nos Fóruns Estaduais de luta em defesa do SUS, nos estados onde tais fóruns já existem.
- Encabeçar uma campanha nacional pela criação desses instrumentos nos estados onde ainda não existem fóruns estabelecidos.
- Defesa de projetos de extensão que promovam saúde.
- Que a ANEL construa o 18 de maio – Dia nacional da Luta Anti-manicomial, de modo a encampar a defesa de uma sociedade sem manicômios!
- Contra o programa farmácia Popular do Brasil que privatiza e cerceia o acesso aos medicamentos para os trabalhadores e que fere os princípios do SUS.
- Que a ANEL impulsione a criação de grupos de saúde nas universidades.
- SUS 100% estatal, gratuito e de qualidade sob o controle dos trabalhadores.
- No mínimo 6% do PIB para saúde pública! Contra módulos de gestão que privatizam o SUS como organizações sociais oscips, fundação estatal de direito privado, entre outras.
- Campanha nacional contra a privatização da saúde, em parceria com o setorial de saúde da CSP Conlutas.
- A ANEL deve articular, junto à CSP Conlutas, às executivas de curso, aos fóruns de saúde, e a todos os setores que defendem uma saúde pública, gratuita e de qualidade, uma campanha nacional contra todas as formas de privatizações na saúde – como EBRCEM, OSS, OSCIPS, fundações de direito privado, e todas que porventura surgirem.
- Que a ANEL apóia a regulamentação conjunta dos profissionais de saúde.
- Que a ANEL defenda uma formação dos profissionais de saúde que atenda os anseios da classe trabalhadora.
- Que a ANEL defenda o ensino de saúde pautado na multi disciplinaridade visando o combate ao assédio moral entre os estudantes e os trabalhadores.
- Por uma forma verdadeira de avaliação das universidades contra o exame de ordem para os cursos de saúde.
- Apoio a greve nacional dos servidores técnicos-administrativos das universidades federais de todo o país.
- Que a ANEL se integre com representação permanente nos setoriais de saúde estaduais e nacional da CSP Conlutas. Para juntos elaborarmos e construirmos políticas e planos de lutas para a saúde pública.
- A luta pela ampliação do acesso ao sistema de saúde e da qualidade da assistência deve estar vinculada a luta pelos direitos por trabalho, educação, moradia, transporte, cultura, lazer e todos os setores da vida humana, e em última instância da luta por uma sociedade igualitária sem exploração entre as classes.
- Que a ANEL inclua a luta pela desnaturalização da deficiência.

Cultura e Mídia Independente

-A constituição de uma comissão permanente de Cultura e Comunicação, com responsável pelo tema na CEN
- Criação de GT sobre o tema
- Incorporar atividades de cultura crítica nas gestões das entidades
- Debater questão de opressão em atividades culturais.
- Incorporação uso da internet pra agitação de nossos debates, ato, campanhas, flashmob etc
- A ANEL deve se esforçar em produzir materiais da entidade de formas alternativas como cordéis e gibis.
- Priorizar expressões musicais da periferia.

Pessoas com deficiência

Na sociedade atual as pessoas com deficiência são rebaixadas a trabalhos profundamente precarizados. São alvo do assistencialismo que os aliena da sua capacidade e da necessidade de lutar por seus direitos. Sofrem também com o preconceito e a desinformação causada pelo sistema opressor que coíbe a conscientização.
Frente a isso, defendemos:
- Aliar a luta das pessoas com deficiência com as da classe trabalhadora;
- Educação inclusiva, pública e de qualidade. Formação adequada para o trabalho com inclusão nos cursos de licenciatura;
- Fim do assistencialismo (valorização do trabalho das pessoas com deficiência);
- Acessibilidade universal;
- Campanhas e trotes que conscientizem os estudantes;
- Acompanhamento psicológico gratuito para as pessoas com deficiência e suas famílias;
- Assistência estudantil que contemple as necessidades das pessoas com deficiência;
- Acessibilidade nos espaços organizados pela ANEL;
- Aprovação da lei aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara que estipula 10% das cotas para pessoas com deficiência nos vestibular das universidades federais;
- Fortalecer o trabalho de base com os jovens deficientes.
- Acompanhamento genético gratuito, pelo SUS para as pessoas deficientes em especial para as mulheres que na nossa sociedade são as que carregam a maior responsabilidade sobre a criação dos filhos.
- Acompanhamento psicológico para famílias caso nasça uma criança com deficiência, ou caso algum membro se torne deficiente por acidente ou doença.
- Educação inclusiva com períodos extras para os deficientes com aulas específicas, como locomoção para cegos e cadeirantes, por exemplo.
- Escolas especiais para os surdos.
- Acessibilidade universal.
- Cotas para deficientes físicos.

Jurídico

- Criação de um GT Jurídico da ANEL
- espaço para reunião dos cursos dentro da programação dos congressos
- Criação jurídico da ANEL

Esportes

Considerando que a ANEL é uma entidade classista que se posiciona junto aos estudantes e trabalhadores, defendemos:
- Nos posicionamos contra os MEGA EVENTOS que são expressão máxima do esporte voltado aos interesses capitalistas, defendemos uma radical democratização aos esportes e a cultura corporal. Que o trabalhador tenha tempo para a prática do esporte e lazer.
- Somos contra a remoção das famílias para a construção de “elefantes brancos” que só favorecem a especulação imobiliária e as grandes empreiteiras, chamamos a construção de atos no dia 30 de julho junto aos movimentos sociais contra as remoções. Nos posicionamos contra a política de limpeza das cidades, que criminaliza a pobreza e impõe ocupações militares nas periferias.
- Todo apoio as greves dos trabalhadores, por campanhas contra a contração de terceirizados nas obras.
- Contra a MP21 que favorece maior desvio de verbas e corrupção nas obras. Por transparência nos contratos das obras.
- Nos posicionamos contra os projetos do governo federal Segundo Tempo e Mais educação que se resumem pela busca de novos talentos.
- Em defesa da construção de mais espaços públicos para a prática do esporte e lazer assim como abertura das faculdades de educação física para a sociedade ter acesso as quadras, piscinas e pistas para a prática de esporte e lazer.
- Aprofundar o debate sobre os Jogos Universitários, Jogos Escolares e se posicionar contra o Novo PNE que classifica a educação física escolar como esporte.